segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A Persistência da Intolerância: A tristeza de uma campanha eleitoral.

George Grosz - Explosion. 1917.
Imagem: Museum of Modern Art (Moma)
Texto Rafael Dantas.
História. Universidade Federal da Bahia.
 
Arrependo-me de não ter escrito e publicado esse texto antes, afinal o que me motivou foi o deplorável “debate” que presenciei em um grupo no facebook um dia antes das eleições no 2° turno. Mesmo assim publico-o com a doce esperança de instigar a reflexão em alguns, nessa reta final ou em qualquer outro momento, onde a intolerância se faz presente. 

Realmente é interessante observar (deplorável levando em consideração alguns constantes comentários presentes nessa rede social) como os que se dizem defensores “disso e daquilo” e de outras tantas liberdades, tratam aqueles que pensam diferente dos demais. E como vários estão despreparados para conviverem em sociedade.

Respeito, tolerância, liberdade de expressão, um bom diálogo, onde estão?
 
O que vi em menos de um mês foi um verdadeiro espetáculo de horrores, onde são claras as demonstrações carregadas de um instinto de violência extrema e falta de educação medonha, que se fossem transladadas para o diálogo ao vivo poderiam significar atos de total covardia, onde provavelmente sangue seria derramado sob a justificativa débil de defender candidatos, alçados a categoria de santos, e seus respectivos projetos políticos.
 
Estaríamos discorrendo com bobas crianças? Adolescentes rebeldes em plena puberdade na ânsia para usar suas emoções ao bel-prazer? Ou estamos conversando com cidadãos conscientes que vivem em uma sociedade democrática (e ressalto isso), por mais que não pareça em determinadas situações, onde a diversidade sempre existirá!
 
Na busca pelo espetáculo gratuito e pelo menosprezo do outro a humanidade já fez horrores, vejo que em pleno o século XXI, em um espaço virtual, a história se repete. Fora dele os horrores continuam existindo. Envergonha-me ver várias pessoas das mais diversas áreas se comportarem como quase ditadores que não perdem a chance de impor sua opinião e seus apaixonados argumentos, expondo a sede pela barbárie e aviltamento presente em escritos e falas lastimáveis.
 
Quem prega o não respeito ao outro, como vi nesses dias, abre espaço para inúmeras formas de tratamento, que podem variar das mais simples demonstrações de repúdio, asco, ou mesmo, a sinais de verdadeiros pedidos de linchamento ou morte “adoçados” na forma de ironias (como vi em uma publicação meses atrás de um futuro professor); ocultados em sentimentos que dormem enquanto os dedos digitam violentamente no facebook.
 
Se querem criticar algo (ou mesmo destroçar opiniões apresentadas) argumentem, fundamentem seus votos e pontos de vista em um ou no outro candidato; ou em qualquer questão em algum debate. Construam teses, ou não, sobre os mais diversos assuntos, mas respeitem o outro! O saudável debate político não pode ser realizado com ações desprezíveis como as que observamos nessas eleições. Pena em ver a fraqueza e a tristeza de opiniões que giravam em torno de preconceitos e generalizações carregadas de tamanho ódio. Colocando o outros sempre como inimigo, ou coisa pior, só por apoiar algum candidato.
 
Realmente recuso-me a perder tempo em debates onde os donos da “verdade” se colocam como arautos da “razão”. Recolho-me, não por temer o enfrentamento daqueles que se elevam a tão alto desnível de “esperteza e ilusão de soberania”, mas sim por constatar que onde existe a intolerância, e principalmente a falta de respeito, não nascerá e não existe espaço para a ideia de liberdade, por mais que alguns se intitulem defensores dela.
 
Recolho-me, mas não desisto!
 
Um bom Domingo para os eleitores da Dilma e do Aécio, os que vão votar Nulo, justificar ou não votar.
 
Atenciosamente.
Rafael Dantas.

Infelizmente a intolerância e o preconceito persiste depois das eleições.

Observação:
A pintura de Grosz retrata os horrores da I Guerra Mundial, trazendo a barbárie do momento com prédios demolidos, incêndios e corpos mutilados. Foi usada para ilustrar o caos durante as eleições, especialmente do 2° turno, onde a intolerância marcou presença.

***
 
 

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A Fragilidade dos Inocentes e a ascensão dos Teóricos de Tudo

Esse pequeno texto mostrará como existem inocentes perante os maliciosos TT. Como são frágeis a discursos bonitos e bem elaborados. Como são suscetíveis a palavras fortes e discursos que explicam tudo e criticam o todo. E como são controlados sem saber.
 
Imagem de Saturno comendo seu filho. Ladeado por Marina Silva, Dilma Rousseff e Aécio Neves. Os Teóricos de Tudo se comportam como “devoradores” de quem pensa diferente. Para eles só existe uma verdade, um caminho, que é sempre o deles. Em época de eleição observamos o triste discurso, beirando o fanatismo, promovido por cegos militantes movidos pelos mais diversos interesses na defesa do que eles acham que é o correto. Créditos: Saturno devorando um filho – Francisco Goya. Recortes: Marina Silva – Thays Cabette, Dilma Rousseff – Wilson Dias, Aécio Neves – Marcelo Sant’Ana/Agência de Notícias PSDB-MG. Imagem/Reprodução: Blog Rafael Dantas, Bahia.
 
Texto Rafael Dantas.
 
Já começo afirmando que todos nós temos um pouco de inocência, nos iludimos com o novo, com o “belo”, com o inédito, com o isso e o aquilo. Decepções fazem parte da caminhada de cada um, onde às vezes de tanto nos decepcionarmos nos entregamos a primeira ilusão que aparece. No entanto nunca poderemos ter certeza se o que enxergamos é realmente o que dizem ser. Em diversas situações as máscaras caem imediatamente, em outros casos permanecem fixadas em rostos incertos e disformes que variam de acordo com o momento e os interesses em questão. Para cada situação assumem uma face com um novo discurso, que consegue atingir muitos, alguns se tornarão fieis que seguirão sem saber o caminho que os TT querem. Em outros casos possuem um discurso mais radical e fixo se comportando como “devoradores” de quem pensa diferente.
 
Os TT (Teóricos de Tudo) estão em todos os lugares especialmente na militância política. Em muitos casos possuem ou reproduzem um discurso que sempre aponta um único erro, uma única causa, chegam a reconhecer outros pontos a ser criticado, mas possuem um único objetivo: provar que são os donos da verdade. Para isso utilizam um discurso bem elaborado, em alguns casos até bonito, que se resume a provar que sempre estão certos, inquestionáveis.
 
E como muitos são “inocentes” sempre buscando a verdade, ou o que seria ela, caem como presas em mandíbulas monstruosas almofadadas por falsas respostas. Antes de seguir um TT ou qualquer outra pessoa, busque, pergunte, analise com calma e veja com seus próprios olhos. Desconfiem daqueles que sempre estão prontos para argumentar sobre qualquer notícia. Que sempre produzem notas sobre tudo, às vezes apelativas, que sempre impõem uma resposta e nunca perguntam o por quê.
 
O que observamos hoje é que ninguém pergunta o porquê das coisas. Sempre estamos prontos para lançarmos uma opinião, uma verdade, e quem pensa diferente que morra. Cada um possui sua ideia do que é a verdade, o certo e o errado, e alguns ainda possuem a ousadia de querer impor o que pensa. Por incrível que pareça muitos se deixam levar pelos TT, reproduzindo inocentemente ou não pensamentos sem nenhum embasamento.
 
Alguns se acham fortes e espertos o suficiente para não cair nessas armadilhas. Acreditam que jamais serão marionetes dos mais diversos interesses existentes. Coitados, já estão presos em finas cordas controladas por maliciosos sabichões. Viraram rebanhos em constante pastagem até o momento do “abate”.
 
Depois da incansável busca pela “verdade” das coisas e ter finalmente encontrado um TT mor, os inocentes começam a reproduzir o que os maliciosos Teóricos de Tudo mandam ou aconselham. Sem saber acabam usando os óculos de uma só lente não enxergando a diversidade de outrora.
 
Arautos da verdade e de todas as respostas não existem. A fragilidade dos inocentes está em achar que são imunes aos mais diversos interesses existentes, deixando-se levar pela preguiça de não perguntar o porquê das coisas.

Observações:
O uso da obra de Francisco Goya é ilustrativo representando a violência dos militantes contra quem pensa diferente deles. O trabalho de Goya mostra o titã Cronos, Saturno na Roma Antiga, devorando seu filho. O titã comia seus filhos por medo de perder o trono. Foram representados somente os três candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto.
Texto também publicado no Blog:

Texto também publicado na página do Blog no facebook: [clique aqui]
Curta o Blog no facebook: Blog Rafael Dantas, Bahia. [clique aqui]


***

Referências de Imagens:

F.G.:http://pt.wikipedia.org/wiki/Saturno_devorando_um_filho#mediaviewer/Ficheiro:Francisco_de_Goya,_Saturno_devorando_a_su_hijo_(1819-1823).jpg
M.S.:http://pt.wikipedia.org/wiki/Marina_Silva#mediaviewer/Ficheiro:Marinavaivotar.jpg
D.R.:http://pt.wikipedia.org/wiki/Dilma_Rousseff#mediaviewer/Ficheiro:Dilma-julho2010.JPG
A.N.:http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A9cio_Neves#mediaviewer/Ficheiro:A%C3%A9cio_Neves_2014-02-20.jpg

*Atenção. A divulgação dos textos e imagens do Blog só pode ser feita com a devida referência do link, nome do autor dos artigos e nome do Blog. Atenciosamente Rafael Dantas

sábado, 7 de junho de 2014

Machado de Assis: Simplificação para o século XXI

Observações sobre o projeto de Patrícia Secco que visa “simplificar” a obra de Assis. E sobre nossa atualidade destrutiva e não contemplativa.

Machado de Assis Simplificado. Imagem de Marc Ferrez 1890.
Em simples reprodução feita no Paint especialmente para o texto.
Blog Rafael Dantas, Bahia.


Texto: Rafael Dantas.
História.
Universidade Federal da Bahia.
Em tempos atuais muitos são guiados pelo imediato, pelo espetáculo – algumas vezes onde não existe, pelo não contemplativo, por uma corrida descontrolada pelo o que cada um considera “modernidade”. Não se tem tempo mais para nada, é tudo dinheiro e mais dinheiro.
 No meio dessa corrida altamente destrutiva e reconstrutiva nos escombros daquilo que não é mais aceito, complicado demais, velho, ultrapassado, perdem-se as matas, o patrimônio histórico, clássicos literários e musicais, e por ai vai. Entre tudo isso surge a grande discussão sobre a simplificação de Machado de Assis, José de Alencar e outros autores.
Se a ideia da autora Patrícia Secco é facilitar o acesso a leitura, trocando palavras por outras mais “simples”, e a pontuação das obras de Machado, não parece que teremos uma facilitação na leitura das obras de Machado de Assis escritas no século XIX, e sim uma simplificação em uma releitura Machadiana no século XXI. Entendo e até posso parabenizar Secco pelo projeto que visa o acesso a leitura, em um país onde muito não leem. Contudo, pelo o que foi divulgado em diversos jornais até agora, a árdua tarefa de Secco pode simplificar ao ponto de não termos mais o autor na obra, e sim interpretações.
João C. C. Rocha esclarece que não condena os esforços de “adaptação” para públicos mais amplos, elencando vários exemplos, nacionais e internacionais[1] já realizados. Mas, em relação ao trabalho de Secco: “parece ser completamente alheio à literatura do autor de O Alienista.”
A palavra “sagacidade” vira “esperteza” (no projeto de Secco). “Esperteza evoca o célebre jeitinho brasileiro e seu sentido nada tem a ver com o contexto das quatro ocorrências da palavra na obra (O Alienista)”
João Cezar de Castro Rocha professor de literatura comparada da UERJ e autor de ‘Machado de Assis: Por uma poética da Emulação’ Editora Civilização Brasileira. A convite do Estadão. [2]
Onde Machado de Assis escreve: “Uma volúpia científica alumiou os olhos de Simão Bacamarte”; Patrícia Secco traduz: “Uma curiosidade cientifica iluminou os olhos de Simão Bacamarte”.
José Maria e Silva. Jornal Opção, Edição 2028.
[3]
Não entendam minhas palavras como não adeptas as necessárias mudanças da nossa sociedade.  Apenas reflito que certas coisas, como a obra de Machado de Assim, deva continuar como está, e não adaptada ao ponto que possa girar em torno do “futebol, carnaval e Funk[4]...” - só falta acontecer isso.  Que se invista em uma verdadeira Educação, em reais e significativas mudanças sociais - não paliativos. Para que ai sim os leitores possam finalmente se deleitar nas obras de Assis, Alves, dos Andrade, Amado, Meireles, Alencar, Rosa, Barreto, Bandeira, Quintana, Lobato, Ramos, Abreu, Lispector e outros tantos escritores brasileiros.
“O estilo de Machado é direto e coloquial. Alterando-o, nada restará do escritor”
Alcides Villaça da USP. Em Tribuna do Norte. 24 de maio de 2014.[5]
Em relação a presente dificuldade em ler os livros de Machado de Assis, proponho que a próxima edição traga as palavras ou termos considerados mais difíceis destacados - e não modificados - e com o significado ao lado. Uma consulta no dicionário já era o suficiente, mas, para facilitar acho que isso já ajuda e muito.
 Quando Ubaldo Ribeiro escreve (sobre o caso): “Mas, quanto aos autores vivos, pode-se incentivá-los (ou obriga-los, conforme o momento) a ater seus escritos ao Vocabulário Popular Brasileiro,”[7]. Imagino uma realidade onde parece que cada vez mais o individuo está perdendo suas características, e deixando sua capacidade inovacionista e criativa, para tentar se adequar ao geral ou popularizar seus trabalhos. Onde fica o perfil de cada um? Onde fica os estilos? Será que no futuro o “eu” de cada um não existirá mais? Tudo será ou tentará ser a mesma coisa? Se as coisas continuarem assim chegará o dia em que teremos o triunfo dos medíocres, respaldados quem sabe por algum governo, isso se esses dias medíocres já não estão acontecendo. Perguntas e mais perguntas que aos poucos serão respondidas pela própria sociedade. Que de forma alguma se ligam obrigatoriamente a polêmica do projeto de simplificar Machado de Assis. Entre exageros ou quem sabe previsões, ou visões realistas da sociedade, Ubaldo Ribeiro (e outros) mais uma vez escreve trazendo luzes entre lanternas que também possuem luzes, mas às vezes com focos desfocados.
“O foco específico do projeto é a doação de livros para pessoas que não tiveram oportunidade de estudar ou tiveram acesso a um ensino de baixa qualidade”[8].
Patrícia Engem Secco. Especial para o UOL[9].
 O problema não está na distribuição de milhares de livros - isso é ótimo, fantástico - e sim no que está sendo distribuindo - com dinheiro público (mais de 1 milhão). A substituição de palavras não fará o aluno, ou qualquer outra pessoa, gostar de Machado de Assis. Só se gosta de um autor conhecendo o que ele escreveu, identificando alguma coisa que nos aproxime da obra.  Que se distribuam “chaves” para facilitar, auxiliar na leitura de Machado, mas não modificar o escrito da forma apresentada até agora.
Deve-se mostrar o encantamento que a leitura proporciona, a mágica das palavras, as possibilidades presentes na leitura de cada livro. Ler é uma tarefa que exige atenção e dedicação. Por isso que iniciei o texto trazendo a questão contemplação e hoje contemplar algo é cada vez mais raro.

Curta o Blog no Facebook: Blog Rafael Dantas, Bahia.
Indicamos a página: Nota do Tempo.




[1] Em http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,especialista-em-machado-de-assis-analisa-iniciativa-de-simplificar-obras,1164214
[2] http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,especialista-em-machado-de-assis-analisa-iniciativa-de-simplificar-obras,1164214
[3] http://www.jornalopcao.com.br/reportagens/discipula-de-paulo-freire-assassina-machado-de-assis-4399/
[4] Não afirmo que intenção de Secco seja essa.
[5] http://tribunadonorte.com.br/noticia/machado-de-assis-simplificado/282731
[6] http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/luis-antonio-giron/noticia/2014/05/nao-toquem-em-bmachado-de-assisb.html
[7] Sobre a polêmica Ubaldo Ribeiro Escreve: http://oglobo.globo.com/opiniao/reescrevendo-historia-12671527
[8] As obras modificadas por Secco e equipe estão em: http://www.reciclick.com.br/biblioteca-digital/
[9] http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2014/05/13/opiniao-machado-nao-gostaria-de-permanecer-desconhecido-para-quem-nao-le.htm

***
As melhores avaliações sobre as modificações realizadas por Secco e equipe foram a de José Maria e Silva e João Cezar Castro Rocha.
O interessante texto de Danilo Venticinque foi um dos poucos (único encontrado) a apoiar o projeto de Patrícia Secco.

“... ler é mais compensador que jogar videogame ou assistir a uma série de televisão.”
Luís Antônio Giron. Revista Época. 29 de maio de 2014.[6]

Referências e indicações sobre o caso:
*Atenção. A divulgação dos textos e imagens do Blog só pode ser feita com a devida referência do link, nome do autor dos artigos e nome do Blog. Atenciosamente Rafael Dantas

terça-feira, 1 de abril de 2014

Morre Jacques Le Goff. Responsável por uma nova percepção da Idade Média.

"Em 2004 recebeu o prémio Dr. A. H. Heineken de História, atribuído pela Academia Real das Artes e Ciências dos Países Baixos, a declaração do júri dizia que Le Goff “mudou a nossa percepção da Idade Média".¹

Morre Jacques Le Goff um dos maiores historiadores do século XX.
 Desenho: Rafael Dantas. 1 de Abril de 2014. 
Imagem: Blog Rafael Dantas, Bahia.

1 de abril de 2014. Morre o historiador francês Jacques Le Goff.
Singela homenagem a um dos nomes mais marcantes e importantes da historiografia do século XX. Deixa um importantíssimo trabalho espalhados em mais de 40 livros, além de outras publicações.

Apresentamos o texto escrito por Luís Miguel e Isabel Salema publicado no site http://www.publico.pt/cultura sobre Le Goff. Disponível em:


¹http://www.publico.pt/cultura/noticia/morreu-o-historiador-jacques-le-goff-1630555

Atenciosamente:
Blog Rafael Dantas, Bahia.
Desenho da Imagem: Rafael Dantas.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Salvador 465 anos de Fundação. "Desenho sem fim de pura beleza, História, e coisas da Bahia"

Mensagem para a Cidade de Salvador no seu aniversário de 465 anos. "Desenho sem fim de pura beleza, História e coisas da Bahia".
Texto: Rafael Dantas.
Parabéns Salvador pelos 465 anos de fundação. Desenho de Rafael Dantas do Elevador Lacerda e de parte da Cidade Alta e Baixa, com o Mercado Modelo (antiga Alfândega) e um velho saveiro da Bahia no mar do Porto de Salvador.
Imagem: Blog Rafael Dantas, Bahia / Março de 2014.


Hoje é um dia especial. Salvador Cidade encantada mergulhada em encantos e os mais belos e saudosos cantos, completa 465 anos de fundação.

 Belíssima "Lisboa revisitada sudanesa, [...] Roma Negra encravada no ocidente [...]", como escreveu e cantou Roberto Mendes e Jorge Portugal. Salvador continua a encantar e cantar por todos os lugares sua rica história e o marcante sorriso do seu povo.

 Chamada de "Cidade da Bahia" por muito tempo, Cidade das 365 igrejas, terra de ladeiras, casarios, fortes e marcantes vultos cravados nas amarelas páginas da sua história, Salvador da Bahia é uma grande mistura, desenhada e construída por muitos, sempre abençoada por Todos os Santos.
 Infelizmente não é só de alegrias que vive Salvador, no meio de belezas temos tristezas e ruínas que se arrastam por séculos. Mesmo assim, graças a seu povo e seus defensores, a bela cidade fortaleza continua bela.
 São simples palavras perante a importância da data citada. Mas o que realmente importa é a sinceridade dos mais diversos votos em meio toda a poesia e prosa circulante nesta terra sempre amada e admirada. Realmente só poderia ser "coisa da Bahia".

Em postagem especial será publicado três textos no Blog discutindo as modernizações do final do século XIX e inicio do XX em Salvador, na conhecida Belle époque*

 Atenciosamente,
Blog Rafael Dantas, Bahia.
Curta no Facebook > (Bloga Rafael Dantas, Bahia)